Valorização da mulher no ambiente de trabalho.

Este texto foi escrito dias após o 8 de março -  Dia da Mulher. 

Muitas homenagens, frases, protestos e campanhas polêmicas no último Dia Internacional da Mulher. A data passou e como está sendo o tratamento às mulheres nos outros 364 dias do ano?

Antes de continuar a leitura, reflita um pouco sobre os pontos abaixo:

  • As ações de homenagem e respeito à mulher se restringem ao 08 de março ou são ações contínuas na empresa em que você trabalha?

  • As mulheres são contratadas para cumprir uma cota ou existe, verdadeiramente, a valorização da mulher?

Sororidade e empatia no mundo corporativo

Eu tive duas experiências completamente distintas como mãe executiva. Uma com liderança feminina e outra com liderança masculina. Sabe o que eu aprendi? A liderança não está atrelada ao gênero (feminino ou masculino), mas sim a história de vida, a educação e a vivência do gestor(a). Isso sim faz toda a diferença. 

Talvez você pense como eu pensava: a mulher tem mais empatia pela próxima. Trago esses dois exemplos para deixar claro que mulheres na liderança não é, essencialmente, sinônimo de empresa diversa. E que ter uma gestora mulher não é sinônimo de ser respeitada e entendida. Uma pena!

Liderança feminina

Na primeira gestação, minha chefe era uma mulher e não foi uma experiência boa.  Do dia para a noite, sem conversas prévias e feedbacks (positivo ou negativo) minhas funções e subordinação mudaram (downgrade). Além disso, o relacionamento entre nós mudou. Não havia mais cumprimentos e diálogos. Em poucos dias, eu sairia de licença maternidade.

Vale ressaltar que minha produtividade foi completamente comprometida num período onde eu poderia produzir e trazer muito resultado para a empresa. Leia está matéria sobre produtividade durante a gestação. Vale a pena!

Liderança masculina

Já na segunda gestação, a história foi bem diferente. Meu chefe (homem) compreendia mais sobre a maternidade e tinha mais empatia. Neste momento, além de grávida eu tinha um filho pequeno em casa. 

Passei por situações que, olhando de cima, poderiam “prejudicar” a empresa. Mas eu compensava de forma produtiva que favoreciam a empresa e a minha jornada profissional. 

Algumas situações que enfrentei com apoio do meu chefe:

  • Horário prolongado no almoço para ordenhar (tirar leite);

  • Sair mais cedo para buscar o filho na escola por motivos de saúde;

  • Sair no horário para buscar o filho na escola porque não consegui ninguém disponível na minha rede de apoio.


Um dia, este líder me surpreendeu com um gesto que nunca irei esquecer. Estava tensa, com um filho doente em casa, tentando evitar ao máximo que meus colegas de trabalho percebessem. Meu chefe, observando minha inquietude, perguntou o que estava acontecendo. Respondi: Meu filho está doente em casa e não melhora com a medicação.

Ele pediu que eu fosse embora para cuidar dele. Certa ou errada,  eu não fui embora de imediato. Horas depois, ele veio à minha mesa e pediu para que eu fosse embora cuidar do meu filho. No fundo, ele sabia que eu meu dia não estava rendendo. 

Lendo assim parece uma atitude comum, que qualquer pessoa faria. Bom, não é bem assim que acontece no mundo corporativo!

Como valorizar a mulher no mercado de trabalho

Quando eu falo em valorização, não me refiro apenas a contratação, promoção ou cargo de liderança. Eu questiono se o “ser mulher” é permitido dentro das empresas, se nossas fragilidades (sim, porque nós temos!) podem ser expostas sem vergonha. E nossos pontos fortes, são exaltados e reconhecidos?

Ter uma liderança feminina não é sinônimo de ser respeitada e entendida. E que ter um ambiente diverso pode, também, não ser sinônimo de ambiente saudável. 

Por isso é importante contratar “gente boa”, “gente que respeita gente”, “gente que ajuda gente”, “gente que entende de gente”. 


Me conta: como é o ambiente na empresa em que você trabalha? 

Eu sou a Tarsila, idealizadora e CEO da Cy Assist. E quero compartilhar com você minha história. Com certeza temos muitas afinidades e dores nesta jornada intensa que é a maternidade.

A Cy nasceu quando decidi ser mãe. Aliás, Cy quer dizer mãe em tupi guarani. 

Quando tive meu primeiro aborto espontâneo, descobri que vários assuntos referentes a maternidade são velados. As mudanças na vida da gestante e da mãe são impactantes e o ambiente em volta não ajuda. A Cy nasceu da minha vontade de encurtar alguns caminhos para essas mulheres.

Eu sou doula, educadora parental, consultora em amamentação, fiz curso de doula de adoção. Participo de eventos sobre maternidade como palestrante, além de atuar com outras mulheres em seus partos, puerpério e amamentação. 

Percebi que as dores, amores e dúvidas são muito próximas e que há um grande espaço para que mães auxiliem mães, mulheres auxiliem mulheres.

A Cy Assist é uma assistência materna digital, inteligente e humanizada. Podemos ajudar você nesta jornada incrível e a empresa que você trabalha.

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